terça-feira, 12 de outubro de 2010

“Plagio ou Copia.”?




Não há volta. As tecnologias relacionadas à internet já mudaram a educação. Em muitas escolas, observamos processos de aprendizagem mediados por pesquisa que solicitam o uso da internet. Isso ampliou horizontes de acesso ao conhecimento e vem estimulando novas formas de aprendizagem. Mas o acesso a materiais facilitado pelos recursos da internet, em combinação com outras tecnologias, também possibilita aos alunos simularem a autoria de trabalhos escolares, pelo “recortar, colar, disfarçar e digitalizar”, ou pelo caminho mais simples do simples plágio. Mas não é exatamente o mau uso da internet que deveria tirar o sono dos educadores. Nas escolas, capacidades tais como as de refletir, de escrever, de ser ético serão sempre desafiadas. Se falham diante das facilidades da internet seria um equívoco culpá-la ou tentar resolver vigiando mais os estudantes. Mas o problema é real. Estratégias de avaliação da aprendizagem, por exemplo, podem ser sabotadas com o mau uso da internet, sim, como há séculos através de outros meios. Como resolver? Repensando conceitos e processos de avaliação, mas, sobretudo encarando a crise cultural que habita as escolas, e que envolve valores, tais como: honestidade, respeito, e integridade, como indicam as atitudes dos alunos quanto aos trabalhos. O mau uso da internet é uma nova fonte de velhos problemas. Além disso, esse conjunto de tecnologias representa possibilidades muito recentes em uma Educação que insiste em idéias e práticas muito antigas.”

Vilã?
“Acredite! O problema de “copia e cola” não é vivido apenas na esfera estudantil. É inacreditável, mas, professores, quando na condição de alunos, também se comportam dessa maneira. Quando solicito trabalhos aos educadores, me deparo com cópias inteiras da internet. Mesmo diante desse mau exemplo, defendo o uso da tecnologia na educação. A internet não é vilã, se bem utilizada! A tecnologia serve para auxiliar a investigação e a pesquisa. Para evitar o problema de cópias e plágios, é preciso apenas que o professor mude a forma tradicional de se solicitar trabalhos impressos. A internet deve apoiar a construção de conhecimentos proporcionando discussões e debates, não objetivando só um produto impresso. O estímulo a seminários, mesa-redonda, debates faz com que o professor perceba se o assunto pesquisado foi absorvido pelo aluno. Quando bem utilizada, a internet é alicerce para o aprendizado.”

Ctrl C / Ctrl V
“Quem, antes da Internet, nunca foi a uma biblioteca e se limitou à cópia? Com a Web, professores andam de cabelos brancos com a possibilidade de seus alunos serem adeptos do famoso “Ctrl C Ctrl V” (copiar e colar. Muitos a culpam pelo fracasso do aprendizado esquecendo-se que já utilizaram o recurso. Colocados contra a parede alegam que enquanto copiavam aprendiam, e pensavam em tudo, exceto no assunto da pesquisa! Sou contra o plágio, mas não aceito a internet como a grande vilã do aprendizado. Sabendo usá-la, temos em mãos um ótimo recurso para a construção do saber. Sugiro que o professor conheça seu aluno para, assim, saber diferenciar seu texto de artigos do ciberespaço. Outro recurso é transformar perguntas como “Fale sobre o Nazismo” em “Qual sua opinião sobre o Nazismo?”. Mudando a maneira de avaliar e conhecendo seu aluno, as chances de ver a Internet mal utilizada tornam-se remotas.”
Referencia:
http://professoraandrea.blogspot.com/2007/10/cpias-plgios-o-mau-uso-da-internet.html acesso em 12 de outubro de 2010. As 12: 40.


Monick Reis

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