quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Curiosidade: Livros e E-books.




A informação passa hoje por sua liberação, os livros podem ser acessados de forma mais fácil do que em qualquer outra época da história. Sem escolha de cor, sexo ou nacionalidade, os livros estão disponíveis a todos os que podem ir a uma biblioteca publica (são poucas, mas existem), tenham um computador, acesso a uma lan house ou a mais nova tecnologia da informação... Os e-readers. Esses pequenos aparelhos não se enquadram na categoria de computador, por isso podem ser transportados de um país a outro sem cobrança de impostos, mas o que são e-readers?


Bem, pense no por quê do Music Player... As pessoas começaram a andar com muitos CDs nas bolsas graças ao discman, o que era, no mínimo, inconveniente, então surgem esses maravilhosos aparelhos em que posso guardar milhares de musicas e que cabem no meu bolso. Mas se você como eu tem um vício diferente do musical, pode ser que tenha se enrolado varias vezes tentando encontrar algo em sua bolsa cheia de livros de literatura, revistas em quadrinho ou jornais... Para suprir essa necessidade foram criados os leitores digitais que comportam no mínimo 3.000 livros, o suficiente para qualquer rato de biblioteca. Apesar de uma ótima ideia, ainda não é viável, sendo que o mais "popular" é o Kindle da Amazon que custa cerca de R$ 600.


Existem discussões acerca da chamada "pirataria" de livros, que tem incomodado alguns autores e dado esperança a outros. Os primeiros acreditam que os e-books vieram a substituir os livros físicos e que essa propagação do conhecimento torna desnecessária a compra desses livros. Os últimos por sua vez acreditam que os e-books estão aqui para incentivar os jovens a leitura, sendo uma esperança para essa geração que cada vez mais troca a leitura por jogos de vídeo game e computador. (Nada tenho contra os games, mas acredito que tenham que ser uma atividade paralela a da leitura e não substituta).


Eu sou partidária do incentivo a leitura e ao regate da cultura, seja por meio de bibliotecas publicas ou digitais, um grande escritor chamado Neil Gaiman disse no Flip de 2008 as seguintes palavras:

" Por que da minha perspectiva o inimigo não é a ideia de que as pessoas estão lendo de graça ou lendo na Internet de graça.
Da minha perspectiva o inimigo é as pessoas não lerem.
Qualquer pessoa pessoa lendo algo de graça na internei ainda faz parte da minha tribo.
A tribo das pessoas que leêm.
E se eles passarem adiante por fazerem parte dessa tribo eles querem esse livro para si.
Eles vão querer o livro de verdade. Eles vão querer comprar as versões de capa dura. Eles vão querê-los, por que eu quero. e isso é uma coisa boa."
Assim como Gaiman acredito que os e-books não são substitutos para nossos livros físicos, pelo contrario são uma forma de conhecer aquilo que vou comprar, ainda quero tocar os livros, sentir o cheiro de papel antigo, e até mesmo dos novos e isso não vai mudar, mesmo agora com a chegada dos e-readers que nos permitem carregar os livros sem ter que realmente carregá-los, nada supera a sensação de proximidade que um livro me traz. Assim como a TV não anula o rádio e o Notebook não anula o computador, os livros não serão substituídos, não quando podem durar séculos a mais que um aparelho digital.

"Acredito que os livros da Internet são capazes de estimular a venda de livros impressos, formar novos leitores e despertar para o prazer pela leitura, que é como o prazer do sexo: o virtual pode até quebrar um galho, mas nada substitui o toque, o cheiro, o estar perto. E nada substitui a sensação de possuir." (Marcus Vinicius - Cultura Digital) A matéria de Marcus Vinicius pode ser encontrada na integra no blog E-books Gratis, junto com a entrevista com Neil Gaiman.



Maíra Carneiro

Um comentário:

  1. Dahora esse post.Bem cara da Maira escrever sobre e-books, o bom dessas tecnologias é poder ter varios livros num mesmo lugar ,leva-los pra onde quiser, ler onde quiser sem ter o peso que um livro tradicional proporciona.

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